Quem nunca teve ou tem um amigo, um parente ou simplesmente nunca viu de perto, uma pessoa que está voltando do consultório médico, ou deixou de ir a um compromisso ou evento interessante por que estava "doente"? Com certeza ninguém. Todo mundo, já conviveu ou ainda convive com alguém que vive se queixando de dor em todo o corpo o dia inteiro. Sempre é a cabeça que dói de manhã, a tarde é a vez dos rins, do estomago e a noite não dorme porque seu coração bate tão forte, que quase parou. Assustada e apavorada com a "batedeira" acaba preferindo ficar acordada com medo de morrer dormindo.
Esse é o
comportamento tÃpico do hipocondrÃaco, pessoa que tem mania de doenças. Está sempre certo de que tem alguma doença grave. Se algum conhecido está de fato com algum mal grave, imediatamente a pessoa começa a sentir os mesmos sintomas acreditando estar caminhando rumo ao fim. São os efeitos sintomáticos.
Começa então um estado de ansiedade alternado a momentos depressivos, que levam o hipocondrÃaco a percorrer numa maratona de tempo recorde, boa parte dos consultórios médicos da cidade, onde acabam ouvindo sempre que não há nada de errado, que sua saúde está perfeita. Mas a pessoa não acredita. Prefere pensar que o médico e o resultado dos exames estão errados. Numa atitude totalmente irracional, acaba indo parar num caminho perigoso: Da automedicação. Tomam qualquer remédio que a sabedoria popular "diz ser bom " para o suposto mal e assim acabam de fato correndo sérios riscos.
Ajuda psicológica para a mulher hipocondrÃaca
Em nenhum momento a mulher hipocondrÃaca pensa que precisa de ajuda psicológica. Segundo especialistas, esse é o maior desafio. A pessoa nunca admite que esses cuidados excessivos com a saúde, são na verdade distúrbios que merecem atenção. Quando questionadas sempre dizem que são apenas "cuidadosas".
De acordo com a medicina, a hipocondria está associada ao Transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e a depressão necessitando ser tratada adequadamente.
O
tratamento da hipocondria consiste em medicação com uso de antidepressivos e remédios para controlar a ansiedade juntamente com uma terapia comportamental onde o paciente tem o acompanhamento de um especialista que se julgar necessário fará um trabalho de acompanhamento e orientação também com familiares.
Para um diagnóstico seguro, é sempre levado em conta o histórico de vida do paciente até aquele momento durante a avaliação.