O melhor de todos os métodos contraceptivos disponÃveis para a muller continua sendo a velha
pÃlulal - ou seja, os
anticoncepcionais hormonais orais. E, de acordo com o meu ponto de vista, esta observação acerca dos contraceptivos orais se fundamenta na sua relação benefÃcio/risco altamente positiva e, obviamente, na alta eficácia do método.
Os contraceptivos hormonais orais "combinados" atuam através de três mecanismos básicos:
Os Anticoncepcionais Hormonais interrompem a maior parte da função ovariana devido à uma interferência nos intrincados mecanismos de "feedback" do eixo hipotálamo-hipófise-ovários. Os padrões usuais de secreção do FSH (hormônio folÃculo estimulante) e do LH (hormônio luteinizante) pela hipófise são consideravelmente alterados. Como consequência, o desenvolvimento dos folÃculos ovarianos é interrompido nos seus primeiros estágios de crescimento, e nenhum deles atinge o estágio de folÃculo maduro. A liberação do pico ovulatório de LH pela hipófise também fica abolida. Esta interferência no funcionamento do eixo hipotálamo-hipófise-ovários constitui o principal mecanismo de ação dos contraceptivos hormonais, resultando na supressão da ovulação.
O melhor de todos os métodos contraceptivos
Os contraceptivos hormonais orais produzem alterações especÃficas no endométrio (a mucosa que reveste o interior da cavidade uterina) que, no caso de uma eventual falha na inibição da ovulação, criam uma considerável dificuldade para a implantação do ovo fecundado.
As pÃlulas produzem um espessamento da secreção mucosa produzida pelo colo uterino, com isto criando certa dificuldade à subida dos espermatozóides para o interior do útero.
Desta forma, os contraceptivos hormonais do tipo "combinado" apresentam um mecanismo contraceptivo principal (a interrupção da função ovariana com a conseqüente inibição da ovulação) e dois outros mecanismos complementares (que, isoladamente, não são confiáveis mas que, associados à supressão da ovulação, aumentam a eficácia contraceptiva total).